Veganismo Atinge 7 Milhões de Brasileiros
Veganismo já atinge 7 milhões de brasileiros e revoluciona indústria de ingredientes de alimentos
Bebidas saudáveis estão entre os diversos produtos veganos de um mercado cuja estimativa de crescimento no Brasil é de 30 a 40% a cada ano.
Em busca de participação em um mercado cada vez maior e mais promissor, empresas investem em matérias-primas vegetais, fenômeno que afeta positivamente mesmo o consumidor que não se importa com alimentação saudável.
Impulsionada pelo crescimento da alimentação natural e vegana no Brasil, a indústria de ingredientes alimentícios do país passa por uma revolução neste exato momento.
Dados recentes revelam que tanto a busca por alimentação natural quanto a quantidade de adeptos do veganismo não param de crescer no Brasil.
Já existem 7 milhões de veganos brasileiros, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Vegetarismo.
De 2012 a 2017, o volume de buscas pelo termo “vegano” na internet aumentou 14 vezes no país.
A estimativa de crescimento do mercado vegano é de 30% a 40% ao ano.
Diante deste cenário, teve grande êxito a 23ªFood ingredients South America – FiSA que aconteceu de 20 a 22 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, trazendo novidades e tendências para a indústria alimentar, atraindo mais de 10 mil visitantes, 450 congressistas e 750 marcas expositoras.
“O veganismo ajudou a quebrar paradigmas da alimentação, levando cada vez mais consumidores a procurar produtos menos processados, mais saudáveis e ‘livres’ de alimentos processados que podem prejudicar a saúde em alguns casos.
A indústria acompanha esse movimento porque é uma das principais tendências do mercado alimentício”, afirma Márcia Gonçalves, gerente da FiSA (Food ingredients South America, abaixo), principal feira de negócios da América Latina para a indústria de ingredientes de alimentos e bebidas.
A mudança no perfil do consumidor brasileiro que procura alimentos saudáveis como Orgânicos e Veganos é um caminho sem volta !
Ricardo Laurino, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, concorda que a consciência alimentar tem causado impacto profundo na indústria de alimentos.
“O veganismo ajuda a cadeia de consumo porque está muito ligado à nossa consciência perante os animais.
Essa percepção causa mudanças não só, mas principalmente, na área alimentar, com o aumento do consumo de frutas, legumes, verduras, cereais e até mesmo produtos industrializados”, afirma Laurino.
Segundo ele, esse movimento gera consequências como melhora de saúde e menor impacto ambiental.
Feiras e eventos abrem espaço para alimentos orgânicos, naturais e veganos
Outro indicativo de que a indústria passa por uma revolução é a importância dada ao veganismo em feiras e eventos do setor.
De olho nessa tendência no Brasil, a organizadora de eventos Informa que incluiu, neste ano, a FiSA em seu portfólio.
Segundo Márcia Gonçalves , a feira abrirá cada vez mais espaço a alimentos orgânicos, naturais e veganos.
“Sem sombra de dúvida, os alimentos orgânicos, naturais e veganos passaram a figurar entre os principais focos do evento e dos negócios nos últimos anos.”
Na sua opinião são temas de extensa e detalhada discussão nas conferências do evento com espaços exclusivos de exposição para esse segmento. Além disso, inovações nessa área têm cada vez mais recebido destaque nas premiações da mostra, acrescenta.
Para a indústria, se antes oferecer produtos naturais era um diferencial, hoje isso se tornou essencial
Empresas se adaptam
Essa mudança gradativa no perfil do consumidor brasileiro mudou totalmente a forma como as empresas passaram a enxergar a alimentação saudável: se antes oferecer um portfólio com produtos naturais era um diferencial, hoje isso se torna essencial.
Um dos exemplos é a Herbaltec, empresa nacional criada em 2009 que fabrica mais de 250 ingredientes para as indústrias de alimentos, bebidas, nutracêuticos e veterinário.
“Os clientes têm cada vez mais trazido essa demanda por ingredientes naturais, e a Herbaltec, associando tecnologia e pesquisa, conseguiu desenvolver uma linha com 95% de nosso portfólio de origem vegetal”, afirma Giuliano Carlone Xavier, diretor da Herbaltec.
“Por exemplo, em vez de usar proteína de frango desidratado em pó, a indústria tem hoje opção de usar spirulina e chlorella, algas que são extremamente ricas em proteínas e têm propriedades melhores, ou até mesmo bebidas vegetais, como leite de amêndoas e castanhas, que são ideais para pessoas com intolerância a lactose e vegetarianos.”
Fabricante investe em extratos vegetais
para ingredientes de alimentos e bebidas
A Döhler, multinacional que fabrica ingredientes para alimentos e bebidas, entre suas muitas aquisições, tem investido fortemente na obtenção de extratos vegetais para enriquecer sua plataforma com mais de 4.500 matérias-primas, afirma Jane Vieira, gerente de marketing da empresa para América do Sul.
“Muitos projetos que recebemos já têm solicitado a plataforma clear & clean label, para que se evite o máximo possível ou se elimine qualquer ingrediente de origem animal”, diz Jane.
“Por isso, atualmente, a empresa investe mundialmente seu tempo e tecnologia no natural. Não incluímos mais em nosso portfólio ingredientes sem que tenhamos a capacidade de oferecer uma versão ou solução 100% natural dele”.
Para Jane, o consumidor preocupado com naturalidade e saudabilidade é pioneiro nesse fenômeno mundial, uma vez que traz preocupações como saúde, bem-estar e sustentabilidade à cadeia de consumo.
“O consumidor brasileiro está aprendendo a incluir mais ingredientes saudáveis em seus alimentos e a ler rótulos. Por isso, a palavra da vez hoje é transparência”, conclui Jane.
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Fonte: Assessoria de Imprensa 23ª FiSA/2 PRÓ Comunicação
Mais informações:
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