Cinco maiores empresas

de pesticidas estão lucrando

bilhões com produtos químicos

“altamente perigosos“

A investigação identificou bilhões de dólares em renda para os gigantes agroquímicos :

BASF

Bayer

 Corteva

FMC

 Syngenta

 

a partir de produtos químicos encontrados pelas autoridades reguladoras para representar riscos à saúde, como câncer ou falha reprodutiva.  

Ele também descobriu que mais de um bilhão de dólares de suas vendas vieram de produtos químicos – alguns agora proibidos nos mercados europeus – altamente tóxicos para as abelhas. Mais de dois terços dessas vendas foram realizadas em países de baixa e média renda, como Brasil e Índia.

Lançado na Europa Mapa

do Envenenamento de

Alimentos no Brasil

De longe, os mercados mais valiosos para os pesticidas altamente perigosos vendidos por essas empresas foram as culturas de soja e milho, cultivadas em grande parte para fornecer ração animal para a indústria de carne.

As pessoas pobres nos países em desenvolvimento são muito mais propensas a sofrer exposição a pesticidas classificados como de alto risco à saúde humana ou ao meio ambiente, de acordo com novos dados analisados ​​pela Unearthed.

 

A análise mostra que os cinco principais fabricantes de pesticidas do mundo estão lucrando bilhões, respondendo por mais de 36% de sua renda, de produtos químicos que comprovadamente causam riscos aos seres humanos e ao meio ambiente e contribuindo para o desaparecimento precipitado das populações de abelhas, como publicado pela Unearthed. 

Os pesquisadores descobriram que a venda desses pesticidas altamente perigosos ocorreu desproporcionalmente nos países mais pobres, que geralmente têm menos regulamentações que os países industrializados, de acordo com o The Guardian.

Na Índia, por exemplo, as vendas de HHPs foram de quase 60%, enquanto no Reino Unido foram de apenas 11%.

O relatório da equipe de investigação da Unearthed se concentrou nas práticas da Bayer, BASF, Corteva (anteriormente Dow e DuPont), FMC e Syngenta, que continuam a vender HHPs como neonicotinóides e glufosinato que foram proibidos em outras partes do mundo, de acordo com a publicação da indústria de produtos frescos Produce Journal.

A Unearthed mergulhou nos dados coletados por Phillips McDougall, os principais analistas do agronegócio, a partir de pesquisas de compradores que se concentraram nos melhores vendedores nos 43 principais países compradores de pesticidas, como relatou o The Guardian.

Embora as regulamentações parem a venda de certos pesticidas na Europa, EUA e Canadá, dificilmente desacelerou as empresas químicas, que venderam US $ 4,8 bilhões em produtos contendo HHPs em 2018, como publicado pelo The Guardian.

Bayer chamou a análise de

“enganosa”

mas não ofereceu

prova dessa avaliação

Como a investigação se concentrou em apenas 43 países, cobriu menos da metade das vendas globais das empresas. Isso sugere que as empresas realmente faturaram bilhões com pesticidas que, segundo as agências reguladoras, apresentam riscos como intoxicação aguda ou doença crônica nas pessoas, ou alta toxicidade para abelhas e outros animais silvestres, segundo a Unearthed.

A investigação descobriu que os fabricantes de pesticidas venderam a maioria de seus pesticidas altamente perigosos em países de baixa e média renda como Brasil e Índia, onde especialistas dizem que os riscos decorrentes do uso desses produtos químicos são maiores, de acordo com a Unearthed.

O maior mercado de HHPs

foi para as culturas de milho e soja

Cerca de um quarto das vendas foram de produtos conhecidos como cancerígenos ou perigosos para a saúde reprodutiva.

Outros 10% eram tóxicos para as abelhas. Outros 4% dos produtos químicos vendidos são extremamente tóxicos para os seres humanos.

Todos os anos, quase 200.000 suicídios estão relacionados ao envenenamento por pesticidas, quase inteiramente nos países em desenvolvimento, segundo o The Guardian.

“Esta investigação mostra que há uma grande desconexão entre o que essas empresas estão dizendo na arena política internacional e o que estão realmente fazendo”, disse à Unearth, Meriel Watts, consultora sênior de ciência e políticas da Pesticide Action Network.

Baskut Tuncak, relator especial das Nações Unidas sobre substâncias tóxicas e direitos humanos, disse à Unearthed:

“Não há nada sustentável

no uso generalizado de pesticidas

altamente perigosos

para a agricultura”.

“Se envenenam trabalhadores, extinguem a biodiversidade, persistem no meio ambiente ou se acumulam no leite materno da mãe, eles são insustentáveis, não podem ser usados ​​com segurança e deveriam ter sido desativados há muito tempo”, disse Tuncak.

Por Jordan Davidson da Ecowatch

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