Telhados Verdes e a Biodiversidade Urbana
Telhados verdes: habitats para a biodiversidade urbana
Talvez um dos assuntos mais relevantes e menos divulgados por aqui sobre os telhados verdes é o seu impacto para a criação de habitats urbanos e reestruturação da biodiversidade – entretanto, os serviços ambientais que eles promovem podem ir muito além do que a tríade energia-água-atmosfera.
Diversos centros de pesquisa em todo o mundo tem documentado uma grande variedade de comunidades de invertebrados e aves sobre os mais diferentes tipos de telhados verdes – eles são habitados por besouros, borboletas, formigas, abelhas, libélulas, aranhas, tatuzinhos, paquinhas, minhocas, caramujos, lesmas, gafanhotos, grilos, louva-deus… não apenas espécies comuns em jardins de solo, mas por incrível que pareça, há registros também de espécies raras. Existe uma correlação positiva entre a riqueza de espécies de aranhas e besouros, e a riqueza de espécies botânicas e variabilidade da topografia do telhado.
Esta profusão de vida acaba por atrair diversas espécies de aves (nativas e migratórias), que encontram verdadeiros oásis para nidificação, alimentação, pouso e descanso. Estes dados têm atraído a atenção de organizações conservacionistas, que passaram a promover os telhados verdes para criação de habitats para a fauna – especialmente na Suíça e no Reino Unido, que desenvolveram programas estruturados para criação de telhados verdes com a finalidade específica de atrair mais biodiversidade e proteger espécies raras de aves em extinção.
Para ilustrar um pouco da capacidade dos telhados verdes em criar verdadeiras ilhas de biodiversidade, convidamos o paisagista Leonardo Genn para contar um pouco da experiência dele em Niterói, no Rio de Janeiro, literalmente ‘trazendo à vida’ uma laje cheia de fuligem e que hoje transborda vida e se integra a bela paisagem do Rio.
Muitos de vocês podem até se perguntar: o que eu tenho a ver com isso tudo? Qual a importância de aranhas e besouros nos telhados da minha cidade? A resposta pode parecer óbvia para um ambientalista, mas ao se reestabelecer conexões ecológicas de base, o aumento da biodiversidade passa a impactar também no controle de diversas pragas urbanas. Aranhas comem insetos voadores, como por exemplo moscas e mosquitos. Lagartos se alimentam de baratas e escorpiões. Corujas e gaviões se alimentam de pequenos roedores. O impacto pode ser tão grande, que a indústria de dedetização poderia começar a ficar preocupada…!!
Sérgio Rocha
Sérgio é um dos fundadores e Diretor Executivo do Instituto Cidade Jardim e já instalou mais de 70.000m2 de telhados verdes em todo o Brasil. Agricultor urbano, cultiva hortaliças no telhado pra família, tem um galinheiro no fundo do quintal e cria peixes na piscina. É agrônomo pela UNESP de Botucatu e fez mestrado sobre etnobotânica em uma parceria entre a UFSC, INPA, Instituto Mamirauá e WWF – tendo sido indicado como ‘Proeminent Conservacionist’ pela Universidade de Columbia/CERC em NY por seus trabalhos na Amazônia. Foi analista de projetos na Fundação AVINA e colaborou como professor/ativista do movimento de Permacultura no Brasil.
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