Programa de Irrigação na Minha Propriedade
Programa de Irrigação na Minha Propriedade. PIMP, cuja meta é beneficiar, na primeira etapa, 1.363 agricultores até o fim deste ano.
O objetivo é fornecer, aos produtores, kits de irrigação modernos e com preços acessíveis. O equipamento reduz o consumo de água e de energia. Até agora, 100 já foram beneficiados e outros 1.263 ainda serão contemplados
Uma das principais queixas de pequenos agricultores no interior cearense é a falta de apoio financeiro e tecnológico para viabilizar a produção irrigada da agricultura familiar, em áreas favoráveis ao acesso de água no subsolo.
Esse entrave, no entanto, começa a ser resolvido a partir da implantação, há dois meses, do
Programa de Irrigação na Minha Propriedade (PIMP), cuja meta é beneficiar, na primeira etapa, 1.363 agricultores até o fim deste ano.
O programa assegura assistência técnica e concede dois anos de carência e mais cinco anos de prazo para pagar o financiamento de aquisição dos kits de irrigação, por meio do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf).
O produtor recebe um kit para cada hectare ao preço de R$ 4 mil, cerca de 50% mais barato que o valor convencional.
O projeto está em curso e já beneficiou cerca de 100 agricultores de base familiar em cinco municípios: Quixelô, Cedro, Lavras da Mangabeira, Iguatu e Morada Nova.
Um dos objetivos do PIMP é a economia de água a partir da implantação de sistemas modernos de irrigação (aspersão ou gotejamento).
Antes, os agricultores faziam a irrigação da capineira por inundação, o que representava elevado desperdício de água e de energia.
A proposta também é manter o agricultor de base familiar na atividade agrícola em curso.
“Em Quixelô, os produtores criam gado de leite, e o projeto é voltado para a exploração desse segmento”, pontuou o técnico extensionista da Ematerce, Virgulino Neto.
“Não adianta a gente querer mudar o tipo de atividade”.
O presidente da Ematerce, Antônio Amorim, reafirma que o Programa tem objetivos bem definidos:
reduzir o custo de energia, o consumo de água e manter o produtor na mesma atividade agrícola.
“Existem no meio da Caatinga muitas áreas favorecidas com água no subsolo que poderiam estar produzindo e ampliando a renda da agricultura de base familiar”.
Há oito anos, os agricultores em Quixelô, no Centro-Sul do Estado, sofrem com chuvas abaixo da média, o que acarreta a perda total da produção.
O programa de irrigação é, para eles, a grande esperança de “dias melhores na lavoura”. O produtor Evandro Alves, que mantém uma plantação no sítio Croatá, foi um dos beneficiados com o projeto.
“O Programa de Irrigação vai facilitar o trabalho de produção porque antes a gente tinha que mudar os canos, tombar água manualmente e agora é tudo canalizado e a um preço acessível, que aproveita a água de forma correta, sem desperdício e ainda reduz o consumo de energia”.
Ampliação
Diante dos bons resultados, o programa, que deveria ser lançado há três anos, mas enfrentou problemas no processo licitatório com a antiga empresa, deve ter prosseguimento no próximo ano.
No entanto, a Ematerce não divulgou quando começa a segunda etapa e qual será o número de agricultores atendidos.
O diretor técnico da Ematerce, Itamar Lemos avalia, entretanto, que
mil produtores rurais de base familiar deverão ser agraciados na segunda fase do projeto.
Interessados devem procurar os escritórios da Ematerce em suas cidades.
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